Coluna Opinião | O silêncio que grita: A omissão da Prefeitura diante das tragédias | Por Netinho Faustino
09/06/2025
Em menos de uma semana, duas vidas foram perdidas por suicídio em nossa cidade. Dois episódios devastadores que deixaram famílias em luto, a comunidade em choque e um rastro de dor difícil de medir. E diante dessa dor coletiva, um detalhe chama (ou melhor, grita) por atenção: o silêncio absoluto da Prefeitura e da prefeita Aize Bezerra.
Nenhuma palavra de solidariedade. Nenhuma iniciativa pública anunciada. Nenhuma presença institucional visível. O que se esperava era, no mínimo, um gesto humano, uma postura de empatia, uma demonstração de que o poder público está atento e sensível ao sofrimento da população. Mas o que veio foi o silêncio, um silêncio que incomoda, que pesa, que machuca.
Não se trata de exploração política, mas de responsabilidade. Quando uma cidade presencia duas tragédias tão profundas em tão pouco tempo, o papel da gestão municipal vai muito além de asfalto e iluminação. Trata-se de cuidar de pessoas, de promover saúde mental, de dialogar com a população e mostrar presença institucional nos momentos em que o desamparo parece total.
A prefeita Aize Bezerra, que costuma ser tão ativa nas redes sociais e nos eventos públicos, optou por se calar justamente quando deveria se pronunciar. Não se trata de buscar culpados pelas tragédias, até porque a dor da perda é íntima e multifatorial, mas sim de reconhecer que a ausência de uma política clara e eficaz de saúde mental também é uma forma de negligência.
Num momento como este, o silêncio do poder público não é prudência, é omissão. E a omissão, neste caso, pode ser tão nociva quanto a tragédia em si. É hora de cobrar, com respeito e responsabilidade, uma resposta concreta da gestão municipal. A população precisa saber que não está sozinha. Que sua dor não está sendo ignorada.
Porque quando o silêncio é a única resposta do poder público diante da morte, o grito da população precisa ser ainda mais forte.
Por Netinho Faustino
09.06.2025
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